Na Francal, o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, destacou que a indústria, apesar da insegurança quanto aos rumos da economia, conseguiu equacionar os custos e manter os preços, além de apresentar produtos inovadores. Ele considerou que a feira cumpriu a função de confirmar para os lojistas as principais tendências para o período de maior volume de vendas - a primavera-verão, que responde por quase 70% do total de vendas brasileiras de calçados. “A Francal é sempre um termômetro importante do comportamento do mercado”, sintetizou.
O presidente da Associação Brasileira dos Lojista de Artefatos e Calçados (Ablac), Marcone Tavares, salientou que os clientes finais estão comedidos em suas intenções de consumo, pensam mais na hora da compra e querem inovações que aliem design e tecnologia. A indústria e o varejo de calçados, segundo ele, conversam cada vez mais sobre tais necessidades, o que é salutar para a geração de resultados econômicos. Ao falar sobre lançamentos apresentados na feira, ressaltou que as inovação devem despertar nos consumidores a vontade de comprar. “A indústria nacional é muito criativa, mas precisamos transformar a criatividade e inovação em lucros, cabendo diálogo entre fabricante e lojistas para encontrar o ponto de equilíbrio”, determinou.
O presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala, salientou que o retorno vindo por parte dos expositores foi positivo. Segundo ele, o empresariado amadureceu, se desprendeu da crise política e demonstra mais confiança para conquistar seus objetivos. “O Brasil produz qualidade e calçado brasileiro tem no seu DNA a exportação, o design, o conforto e também modelo de negócio. Perdemos mercado, mas já damos sinais de recuperação com a tenacidade necessária para ir ao encontro dos mercados compradores fortalecidos pelo câmbio e o valor agregado, que faz o preço médio aumentar”, pontuou.
O estilista Jorge Bishoff, criador das marcas com valor agregado Jorge Bishoff e Loucos e Santos, destacou que o setor tem exemplos de força da marca e conceito brasileiro, mas um dos principais desafios é fazer calçados mais confortáveis. “Sem conforto não tem venda, pois é isso o que faz o consumidor voltar a usar uma marca.
Além de investir em tecnologia temos que conquistar o consumidor também com preço e qualidade”, observou.