O mercado da moda muda constantemente, está sempre se adaptando as novas tendências e é um dos maiores motores econômicos do mundo. Mas também é verdade que a indústria têxtil causa grandes impactos ambientais, é a responsável por 20% de toda a produção de esgoto mundial e quase 10% de todo o carbono emitido.
Pensando na redução desses efeitos, a estilista têxtil e agente internacional de tecido, Thamires Pontes, desenvolveu uma fibra têxtil orgânica e biodegradável a partir de um polímero, o ágar-ágar, extraído de algas vermelhas abundantes no Nordeste brasileiro.
As fibras são de fácil fabricação, não usam grandes quantidades de recursos naturais, são compostáveis, não-tóxicas, possuem baixo custo e características especiais como a biocompatibilidade, além de apresentar aspecto de fio de nylon, com bons resultados em resistência e tingimento, e as características do tecido pronto, se assemelha a seda e viscose.
O desenvolvimento de Thamires foi uma das 12 ideias brasileiras finalistas entre 1409 projetos enviados por empreendedores criativos de 100 países, do No Waste Challenge, um desafio para Ação Climática do What Design Can Do em parceria com a Fundação IKEA. O objetivo da competição global realizada em janeiro de 2021 foi apresentar soluções inovadoras para reduzir o desperdício e repensar em todo o ciclo de produção e consumo. “Conheci o ágar pela gastronomia molecular, e durante a minha pesquisa descobri que vai muito além dos alimentos e cosméticos. Quero colocar no mercado da moda um produto 100% brasileiro, mostrar para o consumidor uma forma de consumir consciente, propagar o conceito slow fashion e aplicar a verdadeira circularidade na cadeia têxtil completa. No momento, para viabilizar testes de produção em escala industrial, estou em busca de incentivo e financiamento”, diz Thamires.
Crédito da Foto: Divulgação
Fonte: Idealizzare